quinta-feira, 8 de março de 2018

[ tantas vidas numa só ]

Kate Hudson
Estas memórias que o Facebook aviva são como os fios de luz que me entram pela janela do quarto pela manhã. Despertam-me, fazem-me revisitar outras vidas, tantas vidas vivemos numa só.
São muitos os retratos de felicidade pura, dessa meta inatingível e imensurável que dá o mote para a incessante busca que caracteriza a jornada dos sonhadores. Alguém que admiro fez-me notar que só nos apercebemos desses fragmentos intocáveis após a sua passagem por nós. E é verdade. É depois de sermos felizes que reparamos no tanto de felizes que fomos.
Essas reminiscências de sorrisos, de gargalhadas que nascem lá no fundo do ser para depois explodir em alegria sonora, são irrepetíveis, mas ecoam cá dentro, volta e meia, entre as brumas da lembrança, servindo de adubo à esperança que vai germinando.
Não vou voltar àqueles lugares, não vou ser aquela miúda outra vez, não vou regressar ao vivido. No entanto, sabe bem contar quantas vidas experienciei e no final das contas, noves fora nada, gosto mesmo é do presente.

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