quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Foi um presente especial.

Sienna Miller
Recebi-o embrulhado num saquinho de veludo azul. Era uma moeda de 1985, o ano em que nasci. Era o rosto de Fernando Pessoa que estava gravado numa das suas faces. Aquele que me irrita por me espelhar.

«Sonho. Não sei quem sou neste momento. 
Durmo sentindo-me. Na hora calma 
Meu pensamento esquece o pensamento, 
             Minha alma não tem alma. 

Se existo é um erro eu o saber. Se acordo 
Parece que erro. Sinto que não sei. 
Nada quero nem tenho nem recordo. 
             Não tenho ser nem lei. 

Lapso da consciência entre ilusões, 
Fantasmas me limitam e me contêm. 
Dorme insciente de alheios corações, 
             Coração de ninguém.»

1 comentário:

Fiona disse...

Palavras bonitas :)