quarta-feira, 10 de abril de 2013

Porque a profissão não me define.

Victoria Justice
Quando me perguntam o que acho disto enquanto jornalista, fico sempre meio à toa. Talvez porque ser jornalista não me dote de um género de opinião. Ser jornalista não fez de mim uma pessoa com convicções, opiniões ou pontos de vista. Já tinha isso tudo antes de me formar. Uma vez que o registo jornalístico não me permite dar muitas opiniões, que a isenção é regra basilar da profissão, não percebo porque me perguntam o que acho disto ou daquilo enquanto jornalista. Claro que se estiver em causa o comportamento de um colega posso dar o meu parecer, mas na generalidade perguntam-me sobre o prato do dia: a bandalheira em que está tornado o nosso Portugal. Ora, para falar do estado político da minha nação, não preciso do Jornalismo para nada. Posso falar do que vai acontecendo como gente, pessoa, habitante, eleitora, número da estatística e parte desta sociedade.
Além disso, tendo a discutir esse tipo de assuntos apenas na esfera privada. Para evitar discussões que acabo em silêncio, só para não ter que responder a baboseiras para as quais já não tenho paciência. Para evitar ouvir aquelas tretas de sempre, porque se quisesse mesmo ouvi-las, bastava fazer um peddy tascas e estar atenta ao que se diz entre um fino e outro.

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